quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Emigrar ou empobrecer?

Ha tempos, com o panorama da crise e emigração “a la carte”, discutia com um amigo a coisa das relações e a emigração...discutíamos, sobre diferentes pontos de vista (excluindo os que emigram como opção de vida e focando-nos apenas naqueles que o fazem fundamentalmente apenas por motivos profissionais e financeiros), as vantagens e desvantagens e os efeitos na vida pratica. Resumidamente, os pontos debatidos foram estes:

- A emigração pode funcionar como um catalisador e trazer, com maior poder económico, novas e boas sensações ao casal e também suprir certas dificuldades e fazer esquecer muitos dos problemas que afectam os comuns dos mortais. Pode ainda, permitir certos projectos de futuro e alimentar as esperanças e desejos das pessoas. A emigração funciona assim como uma ferramenta a favor do casal e vem eliminar potenciais problemas.

- A emigração cria, forçosamente, uma separação física entre duas pessoas e vem criar novos desafios para que pequenos nadas se tornem tudo e para que uma ligação emocional não se desvaneça. O amor é lindo, mas dependendo das condições da dita emigração, a mesma pode implicar longas ausências e é provável que apareça algum desgaste, natural, e nessa medida a emigração constitui, sem duvida, um risco e novos desafios para uma relação e obriga a cuidado acrescido para manter a chama.

- Assumindo que a alternativa à emigração é uma vida financeiramente mais pobre e despida de alguns bens materiais, um decrescimento económico pode vir inibir certos mimos, confortos ou até a sustentabilidade. Estas faltas, provocarão, certamente, um sentimento de privação e frustração, que por sua vez pode trazer novas tensões e conflitos que estariam de outro modo adormecidos. Afinal de contas uma vida de privações transtorna qualquer um, quanto mais conciliar isso a dois. A não emigração e consequente decrescimento económico, constitui portanto também um risco e novos desafios para uma relação.

- Pior que a emigração é a falta de ideias, de mobilização, de iniciativas e a rotina e monotonia provocada pelas actuais condições do mercado de trabalho, em crise, leva a uma também distancia e falta, com tudo o que dai advém e como tal a não emigração nas actuais condições, é so per si "meia emigração".

- Com ou sem decrescimento, com ou sem emigração, o maior desafio de uma relação é vencer o dia a dia e evitar a monotonia e enfrentar os problemas e o como tal tudo depende das pessoas e da maneira como encaixam e tudo o resto sao apenas factores ambientais, que podem influenciar, mas não são determinantes.

No actual panorama e circunstancias, gostaria de saber a vossa opinião.

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