quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Emigração


Em Portugal fala-se de emigração como quem fala de bacalhau com natas. Vamos la a ver uma coisa – Emigrar é tramado e é coisa para mudar a vida de muito boa gente de forma irrevogável (mas mesmo). Portanto ante de se “amandarem”, convém sempre pensar um bocado, estilo “vale mesmo a pena tudo o que vou perder face ao que vou ganhar?”, “é isto quero para a minha vida”, “tenho ideia dos riscos?”, “tenho alternativas?”.

É por se olhar para coisas sérias da mesma maneira que alguns trolhas (ok, e não só) olham para o rabo de algumas miúdas que volta e meia se ouve falar de um português escravizado, ou mal pago e pardais ao ninho. Isso e saber de pessoas que ganham misérias, vivem na miséria (pior que o seu estado inicial leia-se) e movem-se apenas porque alguém lhes acena a “cenoura” da carreira, "sacrifícios compensam" e rebebebeu.

Sofremos, tipo muito, de um complexo de “pais no sul da Europa a portas meias com África” que nos faz pensar que la fora é que é. Na Europa é que é, em África é que é, Brasil é que é, Japão é que é.

Meus caros, não é – a não serem as excepções, a vida “la fora” pode ser brutalmente dura e não compensar um sotaque francês horrível ou um BMW do tunning ou a sensação de não se ser de lado nenhum.

Aos insatisfeitos da tugolandia, prescrevo bifanas e minis, que deve passar. Se não chegar, apanhem sol.

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