segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Da vida...

II

O ser humano é de habituações, e por mais que tenha, quando se habitua a ter, quer mais. É natural – se a ultima coca-cola do deserto me provoca uma imensa felicidade, uma coca-cola todos os dias só me provoca uma dilatação do estômago. E é este “defeito” humano de nos habituarmos ao que temos ao ponto de nos esquecermos ou de deixarmos de saber ser felizes com tudo o que temos, que nos impulsiona para uma trajectória por vezes trágica ou se quisermos egoísta.

É do apanágio popular dizer que só damos valor ao que temos depois de o perdermos e a verdade é que o mundo esta cheio de gente infeliz com tudo, e feliz sem nada. Também não é menos verdade que momentos que nos abanam muito a vida (a chamada experiência de vida), nos fazem valorizar o fundamental – que é a vida. Dai o proverbio “nunca digas esta agua não beberei” – é muito mais um conjunto de circunstancias que nos faz agir, sentir e adoptar certo comportamento, do que a teoria e o que achamos que somos.

Tudo isto para concluir, que o fundamental da infelicidade é inexperiência de vida (o que não significa que infelicidade seja opção).

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