segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Da greve...

Sexta foi dia de greve geral da função publica. Para ser sincero não conheço profundamente todos os motivos, deixei de os conhecer quando percebi que num grosso das vezes estão em causa estão “direitos adquiridos” e outras coisas que por circunstancias da vida eu nunca adquiri.

Admito que as pessoas andem indignadas, (afinal é chato perder coisas e direitos e tal) e percebo que se manifestem para defender os interesses que são seus. O que tenho mais dificuldade em perceber é que de algum modo essas pessoas achem que os interesses delas são os meus interesses ou os interesses de uma sociedade, ou por si só uma coisa boa.

Em Portugal (e Europa em geral) é, de um ponto de vista socialmente correcto, proibido dizer-mo-nos contra manifestações (ou queixosos ou desfavorecidos) sem se levar automaticamente com o rotulo de ultra-liberal ou estúpido ou insensível .

E isto é hipócrita. É hipócrita porque aqueles que muitas vezes se manifestam , não o fazem por mim ou por nos, mas sim por eles e pelos interesses que lhes dizem estritamente respeito – doa a quem doer. A quem adquiriu direitos, pouco importa abdicar de alguns para os garantir a outros – o descrédito e desconfiança do ser humano para com o ser humano é tanta, que por defeito interessa mais garantir “o meu e dos meus” que dos outros ou nosso.

E desse ponto de vista é tão “terrorista” o carrasco que corta cabeças a eito como os guardiões dos intocáveis que, mesmo após a evidencia de um trajectória suicida, se recusam de forma construtiva a mudar o quer que seja. Faz lembrar um pouco a historia da ilha da Pascoa - uma sociedade que se extinguiu porque se recusou a ver o óbvio: O mundo esta em constante mudança e só os que se adaptam sobrevivem.

Por vezes para seguir em frente é preciso dar um passo atrás, e na vida não somos donos de nada – (só levamos a experiência), pelo que enquanto olharmos para a vida como algo que foi adquirido e não como algo que tem que ser conquistado todos os dias, haverá sempre os que se queixam de barriga cheia.

(tudo isto para dizer que fico indignado com tanto direito e coisa adquirida por parte de quem se instalou na altura certa enquanto outros estão condenados a um futuro cheio de nadas).

PS: Não sou contra as pessoas terem e defenderem continuar a ter (eu também tenho muita coisa que gosto de ter), assumam é que é um interesse pessoal ou de uma classe ou um privilegio. é uma coisa mais do ego que do sócio.

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