quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Mais autarquicas

Estas autárquicas estão de facto a ser excitantes , uma verdadeira profilaxia para o bom humor e para nos relembrarmos que somos o povo mais interessante do mundo – sempre com boa disposição.

Para além da boa disposição, as eleições autárquicas parecem ter um imenso efeito catalisador na simpatia generalizada das pessoas e candidatos. Tem sido amiúde que sou interpolado (e sou apenas residente de fim de semana) por jovens candidatos sorridentes e disponíveis para discutir os problemas do “nosso bairro”. Deve ser um fenómeno astronómico, este que transforma, de 4 em 4 anos, gente normal em mister comunicação – é giro.

Esta certo que a politica é um jogo e uma festa, mas temos o que merecemos: A maioria prefere o “tipo fanfarrão (e talvez até bully) que é popular e charlatão” e pretere o “tipo que até tem ar de esperto, mas é meio calado e xoninhas” – No fundo escolhemos os lideres quase com o mesmo critério que escolheríamos uma cara metade (e ninguém escolhe, se tiver por onde escolher, tonhos) e isto é muito nosso: Podemos ser “uns ratos” mas ao fim do dia ou naquele jantar de amigos ou família, haveremos de ser o maiores, haveremos de ter mandado todos a merda, haveremos de ter feito isto e aquilo – São raros os portugueses que admitem de forma descomplexada que são tipos banais e que na maioria das vezes se “deixam comer”.

E é isto, o poder da imagem (ou uma imagem de poder), não é tudo ( mas é quase! ) e mais importante que saber fazer, é parecer que se sabe fazer.

Eu no meu caso só lamento é que ainda haja muitos mais candidatos que candidatas (giras de preferência).

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