quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O comboio

Na vida é comum dizermos que, se fosse hoje, fazia diferente. E esse se é importante, porque surge depois da acção, ou seja...só conseguimos aferir o real peso das nossas acções e decisões depois de elas estarem tomadas, quando já "é tarde".

É isso e uma certa incapacidade humana para detectar os problemas enquanto ainda não o são verdadeiramente, ou seja, a importância  do problema só nos percorre a espinha quando percebemos que o mesmo já não será resoluvel de forma  pacífica.

Até lá, procrastinamos...adiamos demasiadas vezes decisões resolutivas, acomodamo-nos demasiadamente a habituações que só avultam a matéria e escondem a vida. Apanhamos o comboio da rotina até ao dia em que ele descarrila e em que somos chamados a acordar é a perceber que podíamos ter saído ha 10 estações atrás. 


Fica para um dia...esse dia pode ser tarde demais. O "hoje" devia ser um dia demasiado importante para o ocupar demasiadamente a pensar no "amanhã". Até porque os planos, são a única certeza pela qual a vida não passará.

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