Agora que o Madiba Mandela morreu, as pessoas vão chorar, vão publicar mensagenes de condolências, vão bater em latas, vão fazer homenagens, vão anunciar a sua grande obra (ainda que a maioria ignore ao certo qual foi) e vão dizer que o mundo fica mais pobre.
O mundo contudo não fica mais pobre, porque nunca deixou de o ser, uma vez que amanha (ou logo), as mesmas pessoas vão continuar a comer o seu jantarinho enquanto passam desigualdades na TV e vão dizer que é muita pena ser assim, mas que não podem fazer nada, uma vez que aparentemente aceitam bem que nascemos desiguais e como tal teremos vidas desiguais. As mensagens são bonitas, porem inuteis quando desprovidas de acções.
Madiba, foste grande e abdicaste de muito em prole de uma causa, porem e embora oficialmente muitas das desigualdades tenham pomposamente terminado, continuamos (uns mais que outros), a viver agrilhoados pelo flagelo da desigualdade.
Por isso, seria positivo que, por uma vez que fosse, aqueles que se estão nas tintas para os que sucumbem em Africa e e noutros sitios, se calassem e deixassem hoje a hipocria de lado e que evitassem verborreias acerca de opressão e racismo, mais que não fosse por respeito ao defunto.
E é isto. Provavelmente daqui a um ano havera um concerto em Wimbledon para celebrar a efemeride e haverão foguetes e o Bono dos U2 ira fazer uma musica para o evento e tudo.
Depois, a coisa vai-se diluir no tempo e devera ficar restrita a uma casa museu e a umas canecas com a cara do Madiba. O mundo....o mundo continuara desigual (como si mesmo)...
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