segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Angola Portugal

A recente tensão Angola-Portugal, embora esteja pintada de muito complexa, é na verdade simples. 

De uma lado lideres indubitavelmente corruptos que desejam que nada, nem do outro lado do oceano, seja investigado e que querem manter o seu status quo – ao estilo rico arrogante que não esta para ser investigado.

Do outro lado, um sistema judicial que se diz isento, mas do qual resultou uma fuga ao segredo de justiça e o modo arrogante como lidou com essa fuga - ao estilo são todos uma cambada de corruptos e portanto que importa julgamentos sumários em praça publica?

A acrescentar, o péssimo sentido de oportunidade e de estado do ministro Machete, seria difícil fazer pior e parado e calado errava menos (um relógio parado, esta certo duas vezes por dia).

Finalizando, a ferida aberta só mostra o modo como esta construída a relação aleivosa entre Portugal e Angola...de um lado um portento económico com necessidades de afirmação interna e externamente, do outro, um pais paupérrimo que se diz defensor da ética, mas que faz o que for preciso para receber o soldo.

Inocências e hipocrisias na prateleira, o tema é sensível e as escolhas difíceis...todos somos defensores da ética, justiça e transparência, mas quantos de nos abdicariam do conforto pessoal em prole disso? Diria que o que esta na mesa é uma coisa do tipo “justiça, doa a quem doer” e enfrentamos as consequências (economicamente avassaladoras ) disso, ou então somos uma espécie de prostibulo europeu e mais vale deixar-mo-nos de investigações bacocas e bora mas é fazer negociatas.

Entretanto na minha opinião pessoal, acho que a sério, a sério, a sério, diria que a 89% dos portugueses pouco interessa a corrupção e nível de vida em Angola , desde que facturem o seu e que as coisas mexam e já agora não passem fome. A própria atitude, autista, de muitos dos que la vivem é essa...e como tal, é de facto um pouco hipócrita que se façam investigações em solo português acerca de negócios angolanos, quando tanto esquema e corrupção passa impune em solo nacional. Quem nos houve parece que somos campeões da transparência. Não atires pedras se tens telhados de vidro e não mordas a mão que te alimenta. As vezes parece que estamos em 1973.

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