segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Das pessoas

Podiamos falar aqui da morte de Eusébio e das reacções das pessoas, das polémicas exclamações daquele ex PR ou até de como PP disse (sem se rir) que afinal tudo fez em prole do reforço de uma coligação (e sabe Deus com que sacrifício pessoal). Podiamos ainda falar de eventuais nomeações de gente reputada e curriculada, que só as mas línguas , invejosos (e outros quejandos) ousariam colocar em caus...a, o mérito. Contudo isso não seria ir ao essencial da coisa.

E o essencial da coisa e tudo aquilo que me apraz (apenas) dizer é que nada disso já me consegue surpreender (o que me poderia surpreender seria o contrario), porque (e talvez seja da idade que não se poupa de avançar a galope), nada de bom ou grandioso (humano, arrisco) se poderia ou devia esperar de uma sociedade demarcadamente lucrativa, umbiguista e autista.

Deixando hipocrisia (tipo de todos) aparte, é bom que nos lembremos que vivemos no mundo com recursos finitos e que para cada um de nos (sim, nos todos), mantenha o seu estilo de vida (seja ele qual for, desde que na Europa ou America dos "evoluidos"), alguém do outro lado do mundo (sim daqueles a quem abnegadamente doamos arroz) se tem que "ferrar" com (tipo) 1% daquilo que aqueles que menos aqui têm, têm.

Sim, apesar de "nos" escandalizarmos por alguém nos relembrar que não é (provavelmente) boa ideia comer bifes todos os dias, todos nos (todos mesmo), vivemos de modo não sustentável.

Insistir na manutenção do estilo ou qualidade de vida (ou que lhe quiserem chamar) da maioria (que é minoria no mundo) é (simplesmente), "condenar" uma boa parte (agora sim da maioria do mundo) a uma certa (também) manutenção de uma miséria (perante os nossos olhos evoluidos).

Portanto, fica a reflexão e a nota de que nada vale mostramos (exageradamente) surpreendidos porque na verdade estamos todos (ou quase todos) um bocadinho ali representados.

O que importa, portanto, não é eliminar o mal do mundo (porque isso seremos nos), mas impor limites de moralidade para que esse mal não se torne no mundo!

Um bem haja!

(PS: Vivemos numa espécie de mundo em que o bom gestor já não vai la com a estratégia subversiva de Sun Tzu, mas sim com a eloquência diplomática de um príncipe (de Maquiavel).

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