sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Sade

Numa exposição evocativa de Marquês de Sade, que forçosamente é irreverente, provocadora e naturalmente chocante, não sei o que será mais interessante. Se a a exposição em si ou se as pessoas que a ela assistem. Uma exposição, mais do que especialistas na matéria, tem sempre uma boa dose de curiosos (naturalmente a maioria) e depois uma dose dos que estão lá, mas não sabem ao que vão. Normalmente estes últimos dividem-se entre o ar apressado ente o ar aborrecido. Neste caso em particular, era mais o ar de espanto. 


O que é interessante, é que pelo modo como as pessoas olhavam e/ou pelo ar repulsivo (ou não) que faziam às obras mais chocantes, é tão perceptível perceber o que lhes vai nas almas e saber de onde são, o que são e para onde vão.



segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

do Charlie e dos outros

E agora que já fomos todos Charlie e que outros deixaram de ser Charlie para ser outra coisa e depois de afinal percebermos que não somos tão Charlie assim (que isto de andar “à chuva” é duro e pode fazer comichão)  podemos então voltar às nossas vidas com a graça de nosso senhor, que isto dos problemas do mundo é muito bonito, mas é muito melhor se vivermos aqui no nosso cantinho e deixemo-nos cá de preocupações e coisas dessas com o resto e com as cenas dos povos e dos que se dizem vítimas, que isto da vida são dois dias e três dura o SBSR (e vamos ver se há bilhetes, que isso de crises é só lá longe onde pessoas matam outras, que brutos).